As células que produzem insulina denominam-se por células-beta. Estas células residem no pâncreas - especificamente numa zona do pâncreas conhecida por Ilhéus de Langerhans - e estão intimamente ligadas à diabetes. Porquê? Porque a diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo organismo da nossa principal fonte de energia - a glucose. Para que a glucose possa ser usada como energia é necessária a insulina produzida pelas células-beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas.
A diabetes caracteriza-se pelo facto de termos um elevado nível de glucose (açúcar) no sangue. A glicemia é a concentração de glucose no sangue. Quando os níveis de glicemia estão elevados falamos de hiperglicemia e quando estão abaixo do normal falamos de hipoglicemia. O nível normal de açúcar no sangue, em jejum, anda à volta dos 80 - 110 mg/dl, para pessoas sem diabetes.
Se os níveis de açúcar no sangue estão mais altos que o normal isso significa que o nosso pâncreas está com um "defeito" de funcionamento. Esse defeito assume diferentes formas consoante se trate de uma diabetes tipo 1 ou de uma diabetes tipo 2 (o tipo de diabetes mais frequente). Na diabetes tipo 1, por um processo ainda hoje desconhecido, as células do pâncreas que produzem insulina estão destruídas e a pessoa não consegue fabricar insulina. Estas pessoas necessitam de terapêutica com insulina durante toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A diabetes tipo 1 era conhecida no passado como diabetes insulinodependente.
Na diabetes tipo 2, a pessoa consegue fabricar insulina, o pâncreas consegue trabalhar mas o organismo não consegue aproveitar bem esta insulina levando o pâncreas a produzir mais (e mais) insulina até que a insulina que produz deixa de ser suficiente. Os níveis de açúcar no sangue começam a subir e surge a diabetes.
O excesso de peso e a obesidade estão intimamente ligados à diabetes tipo 2.